11 May 2022, 0:00
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Depois de vários meses de interregno, como consequência da situação pandémica e das várias restrições por ela causadas, o turismo está de regresso, principalmente à região Norte, com a taxa de ocupação hoteleira acima dos 90% e em alguns locais a atingir 95%”, declarou o presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), Luís Pedro Martins à Plubituris, no âmbito de um balanço sobre a taxa de ocupação hoteleira neste período da Páscoa 2022.
O espanhol e o britânico são das línguas mais ouvidas, mas o francês, o alemão, o holandês e o romeno têm-se notado também muito presentes. Trata-se de um regresso há muito desejado, quer de quem reside na Invicta como de quem a visita pela primeira vez e até de quem, por imposição dos vários condicionamentos, havia vindo a adiar um regresso há muito desejado.
A região do Porto e Norte conseguiu, pela primeira vez desde o início da pandemia, registar números próximos aos de 2019, com as taxas de ocupação hoteleira a rondar os 95%.
"Os mercados de proximidade” foram os que tiveram maior expressão, com Espanha, França e Reino Unido a liderar a lista de nacionalidades "que mais marcaram presença no Porto", enumerou o responsável pela TPNP.
“Registámos com grande satisfação o regresso do mercado brasileiro e americano”, acrescentou, acreditando que há “boas razões” para acreditar que o Norte de Portugal poderá já no verão de 2022 “ficar próximo dos valores conseguidos antes da pandemia”. Em 2019, o turismo na região Norte registou seis milhões de hóspedes e 11 milhões de dormidas.
Após dois anos de crise no setor devido à pandemia, o Porto encheu-se nesta Páscoa de turistas, com hotéis completos e instituições culturais a registar a melhor semana turística do ano.
Pela cidade, já se sente a euforia, o entusiasmo a que os portuenses há muito se tinham habituado. Há tuk-tuks, autocarros panorâmicos, uma oferta significativa de transportes marítimos, como passeios de barco, que podem ser feitos de forma individual ou em excursão, e uma lista interminável de meios suaves, como trotinetas, bicicletas, metro e autocarros elétricos.
Em 2019, recorde-se, o turismo na região Norte registou seis milhões de hóspedes e 11 milhões de dormidas. Dois anos depois, a retoma do turismo na cidade do Porto começou a manifestar-se significativamente, com o Porto, sobretudo no último mês de abril, repleto de turistas, com hotéis completos e
Entre janeiro e fevereiro, o Porto já havia registado resultados encorajadores no que respeita ao alojamento turístico, com “mais de 330 mil dormidas”, o que representa um acréscimo de “752 por cento” quando comparado com o período homólogo do ano passado, de acordo com os dados avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em paralelo com o crescimento do turismo no Porto e o alojamento turístico da cidade, verifica-se também um investimento imobiliário muito significativo na Baixa e Centro Histórico. A informação foi avançada este mês pela Confidencial Imobiliário, empresa de dados estatísticos sobre preços de transação no mercado imobiliário, que indicou que as Áreas de Reabilitação Urbana (ARUs) da Baixa e do Centro Histórico do Porto registaram 583 operações de aquisição de imóveis no ano passado, o que representa um total de 197,1 milhões transacionados, o equivalente a uma “recuperação de 30%” quando comparado com o período homólogo de 2020.
De acordo com os dados mais recentes, mais de 1,7 mil milhões de certificados foram emitidos pelos Estados-Membros, proporcionando “um impulso muito necessário às economias, tendo salvo milhões de empregos”.
No entanto, o WTTC salienta que, em vários países europeus, “houve uma recuperação muito mais lenta do que o esperado devido a inúmeras tentativas fracassadas dos governos de reprimir a transmissão da variante Ómicron, fazendo com que a recuperação económica regional vacilasse”.