23 Jan 2023, 0:00
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A greve na TAP foi, esta segunda-feira, desconvocada. Os tripulantes de cabine, que estiveram reunidos em assembleia geral de emergência, em Lisboa, decidiram deixar cair por unanimidade a greve de sete dias que estava prevista para os próximos dias.
Depois de mais de três horas de reunião, os tripulantes de cabine aceitaram a última proposta da administração.
A proposta apresentada pela TAP foi aprovada por maioria, com 654 votos a favor, 301 votos contra e 20 abstenções.
Em aberto estavam duas questões: as horas extraordinárias, que deixaram de estar sujeitas a um corte de 25% ao abrigo do plano de reestruturação, e a existência de mais um chefe de cabine nos voos de longo curso, uma questão que não foi acedida pela administração.
A assembleia geral de emergência foi convocada pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, no sábado, depois dos tripulantes terem chumbado a proposta apresentada pela companhia aérea.
A greve iria decorrer entre 25 e 31 de janeiro e poderia cancelar mais de 1.300 voos. Teria ainda um prejuízo direto de 48 milhões de euros, o valor exato que a companhia diz ter destinado para atenuar os cortes salariais de todos os trabalhadores.
Ricardo Penarroias, presidente do Sindicado do Pessoal de Voo da Aviação Civil, reconhece que houve cedências de ambas as partes nas negociações desta segunda-feira com a administração.