20 Jun 2022, 0:00
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A altura não podia ser mais crucial e os convidados mais pertinentes: a primeira CNN Portugal Summit debateu “O futuro da economia portuguesa num contexto de incerteza”. Primeiro-ministro e governador do Banco de Portugal foram dois dos convidados.
Chegou ao fim a primeira CNN Portugal Summit. No encerramento, José Eduardo Moniz, Diretor-Geral da TVI, sublinhou como esta iniciativa pretende aproximar a CNN dos seus leitores e contribuir para a credibilidade do jornalismo.
"Vivemos numa guerra contra a desinformação", sublinhou. "Precisamos de um jornalismo sério, independente, corajoso e crível".
Um momento de boa disposição no auditório da Culturgest. O primeiro-ministro respondia a Pacheco Pereira, dizendo que existe "uma doença nacional" que é o ceticismo. António Costa brincou com o comentador da CNN Portugal e disse "você não sabe o que é o otimismo".
"Eu sigo uma boa regra que é ser otimista na vontade e cético na inteligência. Nós vamos atirar imenso dinheiro em cima do país. Mas há um problema de fundo: a cultura nos partidos políticos não dá à corrupção o valor que ela tem", respondeu Pacheco Pereira, que recordou o primeiro-ministro de que o PS ainda vive na sombra de Sócrates.
"As pessoas nos partidos sabem quem é corrupto", diz Pacheco Pereira. "Enquanto os agentes partidários não procederem ao afastamento dessas pessoas, nós não conseguimos combater a corrupção".
António Costa questiona: "Mas tem alguma sugestão para eu afastar alguém?"
"Tenho. Tenho eu e toda a gente", rematou Pacheco Pereira.
Houve ainda tempo para falar sobre o a guerra na Ucrânia. Questionado sobre com deve ser estabelecida a paz no país, o primeiro-ministro disse que apenas a Ucrânia tem o direito de estabelecer os termos em que aceita a paz e que os outros não devem opinar.
"Os outros podem opinar, mas só a Ucrânia tem direito a estabelecer os termos da paz", afirma António Costa.
É neste contexto que a CNN Portugal procura afirmar-se na sociedade portuguesa. "Prometemos continuar atentos e disponíveis para fazer perguntas. Faz parte da nossa vida. A CNN estará cá para isso".