20 Jul 2022, 0:00
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O Terminal Intermodal de Campanhã entra em funcionamento esta quarta-feira. Com esta a infraestrutura, a Câmara do Porto pretende revolucionar a mobilidade na cidade, retirando a maior parte dos transportes públicos metropolitanos do centro da Invicta. O equipamento permitirá “uma redução de 1776 toneladas equivalentes de petróleo por ano”, defendeu Rui Moreira na inauguração da obra.
Foi a relembrar o moroso processo, mas com orgulho no caminho traçado que Rui Moreira começou o seu discurso na inauguração do Novo Terminal Intermodal de Campanhã. A obra, que 20 anos depois sai do papel e abre portas, esta quarta-feira, pretende revolucionar a mobilidade na cidade do Porto.
“Há quase 19 anos, no âmbito de uma visita ao Porto do então primeiro-ministro, pedro Santana Lopes, o meu antecessor anunciava a construção de um Terminal intermodal aqui em Campanhã, um projeto que pretendia que fosse estruturante, mas que não passou de uma mera promessa”, começou por dizer o autarca.
Até que a 14 de julho de 2015, numa visita de Pedro Passos Coelho, então primeiro-ministro, no âmbito da celebração do Acordo do Porto, dava-se um importante passo no avanço da obra. Mas para esta poder sair do papel tinham que ser cumpridos alguns requisitos: “Desde logo assegurar áreas contíguas aos terrenos que nos eram disponibilizados pelo Estado e que eram manifestamente insuficientes”.
Agora, passados vários anos desde o início do sonho “é com profundo orgulho” que Rui Moreira assiste à finalização da obra. “Nesta equação entra a freguesia de Campanhã, uma das prioridades da minha política que hoje aqui ganha uma nova âncora, não apenas um terminal, gerador de emprego e de negócios (55 empregos foram criados de imediato), mas também um parque urbano com 5 hectares, com 1600 árvores plantadas”, reiterou o presidente portuense.
Assim, a nova obra é “um ponto agregador de grandes fluxos a nível metropolitano e regional e um polo, ele próprio gerador de novos fluxos”, que tem como propósito central “rever a origem e o término de várias linhas de transporte público rodoviário na cidade do Porto, no sentido de as centralizar num grande hub, concentrador e distribuidor de fluxos”, assegurou Rui Moreira.
Esta estratégia permite libertar o centro urbano da Invicta da circulação de veículos pesados, de passageiros, que têm sufocado esta zona da cidade.
O autarca deixou ainda uma garantia: “Seremos firmes na otimização deste recurso, seremos implacáveis na regulação definitiva do transporte interurbano, regional e internacional na cidade”.
Esta é uma obra de grande importância, uma vez que a nova empreitada tem uma capacidade de mil serviços por dia, servindo cerca de 120 passageiros diários, ou seja, 43 milhões de passageiros por ano, “estimando-se uma redução de 1776 toneladas equivalentes de petróleo por ano”, salientou Rui Moreira.
Operadoras Intermunicipais reorganizadas até 12 de setembro
Ainda assim, apesar do novo espaço, inaugurado esta quarta-feira, as operadoras intermunicipais vão continuar a utilizar os interfaces de menor dimensão, que serão reorganizados até 12 de setembro.
Os oito cais de embarque e os 30 lugares para veículos de operadores estão destinados apenas ao serviço internacional, nacional e interurbano regional. Quem se desloca diariamente dos concelhos limítrofes para estudar ou trabalhar na cidade continuará a usar os restantes interfaces, que serão reorganizados até ao início de setembro.
Os seis pequenos interfaces das linhas intermunicipais e inter-regionais vão continuar a receber os operadores de sempre: Valpi, Pacense, Maré, Gondomarense, Landim, Espírito Santo, Carvalhos e Mondinense, entre outras.