20 Mar 2023, 0:00
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A Polícia Municipal do Porto pode ficar, em breve, com o seu contingente reduzido a 45 elementos em 2027, devido à reforma prevista de muitos agentes e à falta de oficiais da PSP. Contudo, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, garantiu que não há motivo para alarme. Em declarações ao Porto Canal na manhã do passado domingo, o ministro assegurou que “esse tema está devidamente acautelado”.
“Temos previsto no Ministério da Administração Interna acautelar o contingente das polícias municipais de Lisboa e do Porto”, explicou José Luís Carneiro.
A preocupação foi levantada por Rui Moreira, autarca da cidade do Porto, em outubro e, recentemente, pelos Sindicatos do setor.
Na altura, Rui Moreira disse, em declarações aos jornalistas, que têm “um contingente previsto de 277 elementos”, mas neste momento estão “com 60% disso”. O autarca acrescentou que à medida “em que muitos desses agentes se vão reformar, teremos em 2027, 45 agentes".
Jacinto Santos, do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (FESAP), mostrou-se preocupado "com a segurança do Porto". A opinião também é partilhada pelo presidente do Sindicato Nacional das Polícias Municipais (SNPM), Pedro Oliveira que defende que deveria haver um regime único.
Perante este cenário que tem gerado alarme perante um insuficiente contingente que "não satisfaz as necessidades" do município, o ministro da Administração Interna voltou a frisar que a distribuição de recursos humanos está assegurada.
Recorde-se que no início deste mês, o Ministério da Administração Interna recusou ainda a possibilidade de a PSP ser paga por particulares para servir a zona da Movida do Porto.
Rui Moreira tem vindo a pedir mais policiamento nas zonas de diversão noturna da cidade e tanto a autarquia como a associação de bares e discotecas do Porto se mostraram disponíveis para pagar serviço gratificado. Situação que já acontece, por exemplo, em serviços de futebol ou em estabelecimentos comerciais.