18 Jul 2022, 0:00
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Comandante-piloto que perdeu a vida no combate aos incêndios viu o curso de pilotos em que tinha ingressado suspenso devido à pandemia.
O comandante-piloto abandonou a Força Aérea para se juntar à TAP, tendo começado a frequentar o curso de pilotos depois de ter pedido um empréstimo no valor de 30 mil euros. Porém, o curso foi suspenso durante a pandemia e André Serra colocou a companhia aérea em tribunal, bem como outros pilotos.
Segundo o jornal i, André Serra ficou com dívidas, "abalado psicologicamente" e com vários empregos antes de ter começado a trabalhar com a empresa ao serviço da qual perdeu a vida, motivo pelo qual colocou a TAP em tribunal, porque fez uma formação de 30 mil euros e depois iria assinar com a TAP. No entanto tal não veio a acontecer devido à COVID-19. André Serra até pediu um crédito para pagar esses 30 mil euros.
Na acção que André Serra colocou à TAP podemos ler:
“A Ré celebrou individualmente com cada um dos Autores, no final de 2019, um contrato denominado Acordo de Formação com vista a habilitá-los a desempenhar as funções de Oficial Piloto de Linha Aérea na TAP, sendo atribuída mensalmente uma Bolsa de Formação equivalente a dois salários mínimos. Acontece que, em março de 2020, com o início da Pandemia Covid-19, e invocando esse motivo, tal contrato foi suspenso pela Ré por tempo indeterminado”.
No passado domingo, dia 17 de julho, realizaram-se as cerimónias fúnebres com a presença de Marcelo Rebelo de Sousa, e ao final da tarde foi cremado.