11 Jun 2022, 0:00
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O Hospital de Braga confirmou hoje que vai fechar domingo, e durante 24 horas, a urgência de obstetrícia “pela impossibilidade completar escalas”, mas garante que “está a trabalhar” para que “a resposta seja garantida” junto de outras unidades.
Num comunicado enviado à agência Lusa, o conselho de administração do Hospital de Braga confirma parte da informação divulgada esta manhã pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM), apontando que pela “impossibilidade de se completarem as escalas de trabalho necessárias, o serviço de urgência de ginecologia e obstetrícia estará encerrado desde as 08:00 de domingo até às 08:00 de segunda-feira”.
“Por sua vez, o conselho de administração não confirma o encerramento deste serviço no dia 18 de junho”, lê-se no comunicado, no qual a direção deste equipamento hospitalar garante estar envidar “diariamente todos os esforços” pata ultrapassar esta situação.
O Hospital de Braga sublinha que está a apostado em “manter assegurada a prestação de cuidados de saúde de forma regular às grávidas e parturientes da região”.
“Simultaneamente, [o conselho de administração] reforça que se encontra a trabalhar de forma articulada com outros hospitais da região, de forma a que a resposta aos utentes seja garantida pela rede de instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, conclui.
O SIM divulgou hoje, também em comunicado, que o Hospital de Braga vai fechar a urgência de obstetrícia no domingo por falta de médicos para assegurar a escala.
“Em vez dos necessários cinco médicos ginecologistas/obstetras, o Hospital de Braga tem apenas dois médicos na escala para o dia 12 de junho, quer de dia quer à noite”, refere o SIM em comunicado.
No texto, o sindicato adiantava que na semana seguinte o cenário poder-se-á repetir, referindo que haverá “vários dias com a escala abaixo do número mínimo de médicos ginecologistas/obstetras necessários para um hospital de apoio perinatal diferenciado com mais de 2.500 partos anuais”.
No dia 18 de junho, salientava o SIM, “haverá novamente apenas dois médicos ginecologistas/obstetras escalados à noite, situação que inevitavelmente levará a novo encerramento da urgência de obstetrícia”.
Para o SIM, este é o “lamentável resultado da incapacidade do Governo em captar e fixar médicos no SNS, oferecendo-lhes condições de trabalho e remuneratórias adequadas ao seu nível de responsabilidade”.