15 Apr 2022, 0:00
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Os trabalhadores da Docapesca cumpriram, na quinta-feira, o segundo dia de greve a nível nacional, em defesa de aumentos salariais e da revisão do Acordo de Empresa, o que levou ao encerramento das lotas, segundo o sindicato que convocou a paralisação.
Paulo Lopes, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pesca (Simamevip) disse à agência Lusa que “a adesão à greve foi total” nos dois dias, com “todas as lotas fechadas de norte a sul do país”.
Os trabalhadores da Docapesca avançaram com a greve de três dias, que termina este sábado, após duas tentativas na semana passada para desbloquear o conflito, que não resultaram, porque a empresa não apresentou nenhuma proposta de valorização salarial.
O sindicato teve uma reunião com a Docapesca, mas a empresa, segundo o mesmo, alegou não ter “autorização do Governo para aumentar salários”, propondo apenas um aumento de 0,50 euros no subsídio de alimentação e de 3% nas diuturnidades, o que foi considerado como “uma clara afronta aos trabalhadores”.
A pedido do Simamevip, realizou-se na passada sexta-feira, uma reunião de conciliação no Ministério do Trabalho, que “também não deu qualquer resultado”.
Na terça-feira realizou-se uma reunião entre os vários sindicatos representativos dos trabalhadores da Docapesca e a ministra da Agricultura e Pescas, mas o impasse manteve-se relativamente aos aumentos salariais para este ano.