26 Sep 2022, 0:00
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A extrema-direita fez história em Itália. Giorgia Meloni, líder do Partido Irmãos de Itália, venceu as eleições com cerca de 25% dos votos, numa altura em que está já contabilizada mais de 85% da votação. É a primeira vez que um chefe de Estado dará posse a um governo liderado pela extrema-direita, no pós Segunda Guerra Mundial.
Já a coligação de centro-esquerda surge em segundo lugar no escrutínio, com cerca de 26% dos votos. O Partido Democrático, que lidera esta coligação, já reconheceu a vitória da coligação de direita nestas eleições e vincou a sua responsabilidade como partido da oposição.
"Somos a segunda força política e, por isso, acreditamos que temos de fazer uma oposição, que será uma oposição importante porque temos uma grande responsabilidade. Temo-la perante a Europa e perante o país para os passos mais difíceis que Itália enfrenta", salientou Debora Serracchiani, vice-presidente do Partido Democrático.
Os governos da Hungria e da Polónia já felicitaram Giorgia Meloni e a coligação de direita por esta vitória.
A afluência às urnas nestas eleições terá sido a pior de sempre e terá descido de 72.94%, números de 2018, para 63.91%, de acordo com dados parciais divulgados pelo Ministério do Interior de Itália.