8 Mar 2022, 0:00
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A exposição "Joan Miró. Signos e Figuração", na Casa de Serralves, no Porto, foi prolongada até 2 de outubro, anunciou a fundação.
"A exposição, que ficará assim aberta ao público durante um ano, “apresenta as 85 obras que constituem a Coleção Miró propriedade do Estado português, cedida ao município do Porto e depositada na Fundação de Serralves, e engloba importantes pinturas, esculturas, colagens, desenhos e tapeçarias do famoso mestre catalão”.
“Tendo sido inaugurada ao público em outubro de 2021, na sequência da conclusão das obras do projeto de recuperação e adaptação da Casa de Serralves, assinado pelo arquiteto Álvaro Siza, a exposição tem tido grande reconhecimento por parte do publico e da imprensa, sendo a sua data de encerramento agora prolongada”, pode ler-se no anúncio da Fundação de Serralves.
Para o curador da mostra, Robert Lubar Messeri, em declarações aquando da abertura em outubro do ano passado, havia “um mandato duplo: primeiro mostrar toda a coleção” do Estado, que inclui 85 obras do artista espanhol, “e depois a Casa, e o trabalho magnífico de reabilitação de Siza”.
Com seis décadas de obras, muito díspares entre si, “organizar cronologicamente não faria sentido”, detalhou Robert Lubar Messeri à Lusa.
"O meu critério para esta coleção extraordinário foi a estética — queria que estivesse o mais bonito possível”, afirmou.
Cumprido o requisito, foram dispostas salas individuais, algumas tendo “temas específicos”, como “o fascismo e a Guerra Civil Espanhola”, onde “dá para sentir a raiva nos quadros”, mas também “o desenvolvimento da língua gestual de Miró, os quadros selvagens, o protesto social, o tratamento e metamorfose da figura”.