22 Apr 2022, 0:00
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O presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública (ANMSP) lamentou hoje que o Governo se tenha desviado do plano inicial de alívio das medidas “devido à contestação” à obrigatoriedade do uso de máscaras.
"Havia um plano traçado pelo grupo técnico liderado pela professora Raquel Duarte que definiu indicadores para se levantar em segurança o uso obrigatório de máscara e o Governo, devido à contestação e ao ruído, acaba por antecipar e deitar para o lixo este plano”, disse à Lusa Gustavo Tato Borges.
Em conferência de imprensa, a ministra da Presidência assegurou que o Governo ouviu os peritos antes de tomar a decisão de acabar com o uso generalizado das máscaras, recusando ter sido alvo de pressões, designadamente por parte dos agentes da educação.
Esta posição foi transmitida por Mariana Vieira da Silva no final da reunião de hoje do Conselho de Ministros, depois de confrontada com os protestos de vários setores sociais, em especial os da área da educação, para acabar com o uso obrigatório de máscaras nas escolas.
Com a decisão tomada na quinta-feira, as máscaras para proteção contra a covid-19 apenas são obrigatórias em locais frequentados por pessoas especialmente vulneráveis, como hospitais e lares, ou nos transportes públicos.