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O Primeiro de Janeiro

20 Feb 2022, 0:00

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Comunidade ucraniana do Porto procura apoio logístico para enviar bens

A comunidade ucraniana residente no Porto está a angariar bens para enviar para a Ucrânia, nomeadamente comida e medicamentos, e procura empresas ou associações que possam disponibilizar transporte, disse à Lusa um dos responsáveis pela iniciativa

Estamos a preparar-nos para enviar bens para a Ucrânia, nomeadamente ou principalmente medicamentos, mas também apoio alimentar. Vai ser mais complicado enviar para lá, mas vamos pedir ajuda e chamar a atenção dos portugueses para arranjar quem leve os bens para lá. Sabemos que os portugueses são solidários”, disse Ivan Muzychak.
Responsável de uma igreja greco-católica ucraniana localizada em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, que é frequentada por cerca de 50 famílias, Ivan Muzychak falava à agência Lusa junto ao Consulado da Federação Russa, na Avenida da Boavista, onde esta manhã decorreu uma manifestação em defesa da Ucrânia, da Europa, e dos valores democráticos.
Ivan Muzychak cantou o hino da Ucrânia ao lado de mais de uma centena de pessoas, a maioria ucranianos a viver em Portugal, alguns há várias décadas.
Participaram na iniciativa, organizada pela Associação dos Ucranianos em Portugal, pessoas de todas as idades, desde idosos que saíram da Ucrânia há 20 anos devido a conflitos anteriores ao que atualmente ameaça vir a acontecer, a crianças que nasceram em Portugal onde os pais procuraram melhores condições de trabalho.
“O diálogo não vai resultar. Não vai ser possível parar esta invasão”, disse, pessimista, Ivan Muzychak, confessando que tem o carro preparado para “ir buscar os sobrinhos pequenos e os pais velhotes à Ucrânia”.
O Ocidente e a Rússia vivem atualmente um momento de forte tensão, com o regime de Moscovo a ser acusado de concentrar pelo menos 150.000 soldados nas fronteiras da Ucrânia, numa aparente preparação para uma potencial invasão do país vizinho.
Moscovo desmente qualquer intenção bélica e afirma ter retirado parte do contingente da zona.
Entretanto, nos últimos dias, o exército da Ucrânia e os separatistas pró-russos têm vindo a acusar-se mutuamente de novos bombardeamentos no leste do país, onde a guerra entre estas duas fações se prolonga desde 2014.
Os observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) anunciaram no sábado ter registado em 24 horas mais de 1.500 violações do cessar-fogo na Ucrânia Oriental, número que constitui um recorde este ano.
No Porto, depois de terem estado cerca de uma hora junto ao Consulado da Federação Russa, os participantes rumaram ao Palácio de Cristal onde pretendiam depositar flores junto a uma árvore e a uma placa alusiva ao assassínio de “dezenas de pessoas que se manifestavam contra o regime do presidente pró-russo Yanukovich”, a 20 de fevereiro de 2014, em Kiev, conforme descreveu a organização.

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