20 Jul 2022, 0:00
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O Banco central liderado por Christine Lagarde vai, na quinta-feira, realizar a sua primeira subida de taxas de juro desde 2011. A dúvida está em saber se será de 0,25 pontos percentuais, como planeado em Junho, ou de 0,5 pontos, para atacar de forma mais forte a inflação, diante de um cenário económico difícil, agravado pela guerra na Ucrânia.
A inflação está alta e continua a aumentar, enquanto o crescimento económico diminuiu e uma crise política na Itália está a deixar os investidores nervosos.
Essa subida cria um ato de equilíbrio para o BCE, entre aumentar os juros para conter o crescimento dos preços e garantir que os mais endividados dos 19 países membros da zona do euro não se deparem com problemas financeiros como resultado.
Foi há pouco mais de um mês, no final da reunião de Junho do conselho de governadores do Banco Central Europeu, que Christine Lagarde, quebrando a regra de não comprometimento prévio relativamente às decisões que irá tomar, anunciou aquilo que iria fazer na reunião seguinte, agendada para esta quinta-feira, 21 de Julho: subir as taxas de juro em 0,25 pontos percentuais. A um dia da reunião, contudo, a dúvida está instalada e aumentam os sinais de que o BCE pode, em vez da subida anunciada, optar por uma subida vertiginosa.