8 Nov 2022, 0:00
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Mais de duas semanas depois de António Costa ter anunciado, em Bruxelas, que o novo traçado do gasoduto “está pronto”, os autarcas da região do Douro garantem que continuam sem conhecer o projeto. A Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que segundo o primeiro-ministro, já terá iniciado a nova Avaliação de Impacte Ambiental, não presta esclarecimentos sobre em que fase está o processo.
“Tivemos uma abordagem, há uns meses, por parte da REN, mas depois disso não tivemos mais informações”, começa por lamentar o presidente da Câmara Municipal de Celorico da Beira ao JN. A vila, localizada no distrito da Guarda era, no primeiro projeto que em 2018 foi chumbado pela APA, o ponto de entrada em Portugal da terceira ligação transfronteiriça de gás. Após o anúncio do entendimento entre Portugal, Espanha e França, o município voltou a ser mencionado por António Costa.
Também na ponta oposta, em Vilar de Frades, onde estava previsto fazer-se a passagem da rede para Espanha, não há novidades sobre o novo traçado. Ao Porto Canal, Jorge Fidalgo, presidente da Câmara de Vimioso, garante que “não sabe de nada” e que não foi ainda contactado sobre as alterações ao projeto.
O traçado chumbado em 2018 previa ainda a passagem do gasoduto por outros concelhos. Entre eles, Trancoso, Mêda e Vila Nova de Foz Coa no distrito da Guarda, e Torre de Moncorvo, Vila Flor, Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, em Bragança.