Associação de Empresas diz que consumidores são prejudicados com novas regras das promoções

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) defende que as novas regras das promoções de preços, em vigor há uma semana, prejudicam o consumidor ao limitarem as promoções e a possibilidade de comprar produtos a preços mais acessíveis.
Desde 28 de maio, o retalho está obrigado a afixar o preço mais baixo praticado nos 30 dias anteriores, e não apenas a percentagem do desconto, segundo um decreto-lei publicado em dezembro de 2021 e que pretendia aumentar o esclarecimento dos clientes em resultado da transposição de uma diretiva comunitária sobre defesa dos consumidores.
Ressalvando que os associados da APED estão preparados para a entrada em vigor do decreto-lei, o diretor-geral da APED, Gonçalo Lobo Xavier, em declarações à Lusa, destacou, no entanto, que o diploma contém "vários aspetos que suscitam dúvidas e que seriam merecedores de revisão", nomeadamente a clareza de conceitos utilizados pelo legislador e o necessário alinhamento com as dinâmicas do mercado.
O decreto-lei, que altera vários diplomas, introduz novas regras quanto à indicação do preço mais baixo anteriormente praticado, passando a tomar por referência, para efeitos desse conceito, os preços praticados nos 30 dias anteriores à redução do preço, incluindo aqueles que sejam praticados em eventuais períodos de saldos ou de promoções.
A nova legislação impõe também a obrigatoriedade de exibição do preço mais baixo anteriormente praticado, por referência ao qual é realizada a prática de redução de preço, em letreiros, etiquetas ou listas nas quais os preços sejam afixados, deixando esta informação de ser alternativa à indicação da percentagem de redução de preço.
Segundo o decreto-lei, os letreiros, etiquetas ou listas "devem exibir, de forma bem visível", o novo preço e o preço mais baixo anteriormente praticado, sem prejuízo da indicação adicional e facultativa da percentagem de redução.
"Acreditamos que alterações desta natureza vêm, acima de tudo, limitar a atividade promocional dos operadores económicos e, consequentemente, a possibilidade de os consumidores adquirirem produtos a um preço mais acessível", afirma Gonçalo Lobo Xavier.
No atual quadro económico, a APED considera que não se afigura que esta alteração legislativa contribua para valorizar o consumo dos cidadãos, que acredita "sairá bastante prejudicado", e lembra que, naturalmente, os retalhistas vão cumprir as legislações aplicáveis, mas que, em última instância, não são responsáveis pela sua definição.

 

Partilhar nas redes sociais

Últimas Notícias
Receita de bilheteira da Torre dos Clérigos vai para Coliseu
22/09/2023
Apoio ao alojamento para estudantes deslocados sobe 120 euros no Porto
22/09/2023
Proprietários rejeitam novo travão ao aumento das rendas
22/09/2023
Campanha infame para denegrir o FC Porto continua: “Os métodos utilizados para nos tentar abater não são sérios”
22/09/2023
Fundo de apoio ao Associativismo chega a Campanhã e a Centro histórico
22/09/2023
Porto junta-se à Semana Europeia do Desporto com 13 propostas
22/09/2023
Jovem suspeito de contrafação de moeda e tráfico de estupefacientes
22/09/2023
Uma exposição para recordar 50 anos de liberdade
21/09/2023
Receita de bilheteira da Torre dos Clérigos vai para Coliseu
22/09/2023
Apoio ao alojamento para estudantes deslocados sobe 120 euros no Porto
22/09/2023