21 Sep 2022, 0:00
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Começou o julgamento do caso de botulismo, em Bragança, que, em 2015, levou à hospitalização de quatro pessoas por terem ingerido alheira, alegadamente contaminada. O cozinheiro e empresário, Luís Portugal, está acusado de quatro crimes de corrupção de substâncias alimentares.
Foi em 2015 que um mediático caso veio a público. Quatro pessoas foram, alegadamente, contaminadas após a ingestão de alheiras vendidas pelo empresário Luís Portugal. Os lesados contam que, após a ingestão dos produtos, desenvolveram vários sintomas físicos severos, tais como visão desfocada, cansaço generalizado, dificuldades respiratórias e motoras, sintomas esses que as levaram a ser hospitalizadas.
Agora, sete anos depois, o réu Luís Portugal está acusado de quatro crimes de corrupção de substâncias alimentares. Durante a primeira sessão, o arguido optou por não prestar qualquer declaração.
Segundo as declarações da acusação, a empresa do acusado produziu e comercializou alheiras, alegadamente contaminadas com a toxina libertada por uma bactéria, que pode, em alguns casos, ser fatal.
A empresa do arguido, segundo afirma a acusação, não respeitava as normas higiossanitárias necessárias para a produção destes produtos.
O caso afetou quatro pessoas, mas apenas uma não apresentou qualquer pedido de indemnização. Os restantes três pedem compensações, que na totalidade perfazem um total de 60 mil euros.
O trabalho da acusação, neste momento, é provar que os casos de botulismo aconteceram devido à ingestão das alheiras fabricadas pela empresa do arguido, visto que não foi encontrado nenhum produto contaminado nas inspeções realizadas.